sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Amélia Tomás e o euclidianismo em Cantagalo

        O Arquivo de Memória Amélia Tomás, comemora este ano, seu segundo ano de atuação. Atualmente, funciona na Casa de Euclides da Cunha, em Cantagalo, e possui parceria institucional com o  Projeto 100 anos Sem Euclides.

         Amélia Tomás foi a primeira diretora da Casa de Euclides da Cunha, nasceu no ano de 1897 e faleceu em 1991. A professora Amélia foi responsável por alfabetizar centenas de cantagalenses, incentivou e organizou inúmeras atividades culturais e educacionais no município. Como uma das precursoras do euclidianismo em Cantagalo, compôs o Hino “Euclides da Cunha”, recebeu como título o “Diploma Euclides da Cunha”, conferido pelo Estado de São Paulo, e escreveu um livro intitulado “Euclides da Cunha para estudantes”.

         O Arquivo, além de produzir estudos acadêmicos, também objetiva desenvolver ações artísticas, culturais e educacionais em torno da preservação da memória oral e da história local, tendo como inspiração o legado do movimento euclidiano em Cantagalo.

          Atualmente o Arquivo possui, em seu acervo digital, entrevistas, fotos e documentos tão variados quanto raros, relacionados à vida e obra de Amélia Tomás, e aos mais diversos assentos e personalidades da cidade. 

       Pensar no arquivo como lugar de memória é dar vida aos documentos, no mais íntimo dos acontecimentos. Em todo grupo (seja ele familiar, profissional, de amizade) existe um guardião (às vezes mais de um) com o hábito de guardar memórias, em fotos, documentos, relacionados a eventos importantes a seus membros: as emoções congeladas que foram captadas nos casamentos, batismos, nascimentos, viagens... Existe um processo seletivo natural para se fazer parte destes álbuns. As fotografias, cartas, documentos são selecionados e ordenados de modo a seguir uma narrativa. Sejam em papel, no Facebook ou no Instagram, o desejo de ser visto é o mesmo.

            Neste ano de 2013, lançaremos uma revista cuja matéria de capa será o translado do encéfalo de Euclides da Cunha para sua cidade natal. Teremos artigos falando sobre acontecimentos históricos que marcaram Cantagalo, como a catástrofe da febre amarela, o temporal que provocou o deslizamento dos corpos que estavam enterrados no cemitério da cidade, a queda de um pedaço de foguete numa das fazendas da cidade etc.

             Para o ano de 2014, temos como perspectiva o lançamento da segunda revista do Arquivo, numa edição comemorativa dos 200 anos de Cantagalo, a serem completados em março de 2014.

                                                                                         Escrito por Francini Rodrigues e Solange Balbino

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