segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Projeto 100 Anos Sem Euclides foi premiado no Congresso de Extensão da UFRJ


        O Projeto 100 Anos Sem Euclides foi premiado no Congresso de Extensão da UFRJ, tendo ficado entre os dez melhores trabalhos apresentados em todas as categorias do evento e, portanto, fazendo jus ao Prêmio FUJB de Extensão Universitária.
  Para nós, mais do que a simbologia da premiação, o reconhecimento institucional de um trabalho que se realiza desde 2008, no interior do estado do Rio de Janeiro (entre Cantagalo e Nova Friburgo), é a primeira conquista – mas não a maior, ainda. O grande prêmio tem sido conquistado cotidianamente, com o brilho no olho de quem ensina-aprende, nas Oficinas de Arte, Contação de Histórias e de Produção Textual, no Cineclube da Cunha, no Arquivo de Memória Amélia Tomás, no Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides, na Cordelteca Madrinha Mena, nos Altos Papos Euclidianos, nos Ciclos de Debates com Educadores, na Blogosfera Euclidiana, no LetraAlfaAfeto, na Tenda das Artes, no Concurso Euclidiano de Pequenas Narrativas, na Oficina de Pasquim “O Euclidão” e em tantas outras frentes que o projeto ousou abrir. 
     Assim, seguimos adiante, na tarefa de recolher e recolorir memórias, contar novas histórias, promover cidadania, educação patrimonial e atividades culturais e, o mais importante: fazer brilhar outros olhares.

Vejam os nossos resultados:

- “O Ponto de Cultura “os Serões do seu Euclides”: um Projeto de Educação Patrimonial, Artística e Cultural” – Prêmio FUJB de Extensão Universitária. 

- “100 Anos Sem Euclides”: um Quadriênio de Inclusão Cultural e Formação Continuada” – Menção Honrosa de Extensão Universitária.

Abraços e sorrisos felizes, e saudações euclidianas!

Anabelle Loivos Considera Conde Sangenis
Professora Adjunta da Faculdade de Educação da UFRJ
Coordenadora do Projeto 100 Anos Sem Euclides



Mais um brilhante resultado do Projeto 100 Anos Sem Euclides


Mais um brilhante resultado do Projeto 100 Anos Sem Euclides 

        Hoje, dia 03-12-2012, foram divulgados os resultados da Semana Euclidiana de São José do Rio Pardo-RJ, em sua 100.a edição, promovida pela Casa de Cultura Euclides da Cunha. Mais uma vez, o Projeto 100 Anos Sem Euclides foi destaque nas categorias premiadas. 
        Os trabalhos dos bolsistas e parceiros do projeto ficaram com os primeiros lugares, tanto na Maratona Intelectual Euclidiana quanto nas seções de apresentações acadêmicas. Os prêmios serão entregues na próxima Semana Euclidiana, que tradicionalmente acontece entre 09 e 15 de agosto de cada ano, na simpática cidade paulista. 
       A premiação traz a reboque o reconhecimento de um trabalho que se realiza desde 2008, no interior do estado do Rio de Janeiro (entre Cantagalo e Nova Friburgo), com a implantação de variados subprojetos acadêmicos e de cunho extensionista: as Oficinas de Arte e de Contação de Histórias, o Cineclube da Cunha, o Arquivo de Memória Amélia Tomás, o Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides, a Cordelteca Madrinha Mena, os Altos Papos Euclidianos, os Ciclos de Debates com Educadores, o Concurso Euclidiano de Pequenas Narrativas e tantas outras frentes que o projeto ousou abrir. 



Estes foram os nossos resultados na Semana Euclidiana 2012:

Vencedores: Categoria “Trabalhos Acadêmicos”

Melhor Comunicação Oral
“Abraço-vos, Euclides”
Rick Azevedo da Cunha – Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides – Cantagalo – RJ


Pôster
“ 100 anos sem Euclides: um quadriênio de inclusão cultural e formação continuada”
Ingrid de Andrade Barbarioli Garcia - UFRJ – Rio de Janeiro – RJ
Lais Peres Rodrigues – UFRJ – Rio de Janeiro – RJ
Leonardo de Lima Melo – UFRJ – Rio de Janeiro – RJ
Luiza Rosine de Azevedo Santos – UERJ – São Gonçalo - RJ




Vencedores da “Maratona Intelectual Euclidiana”
Categoria: Área III – Universitários

Marcos Ribeiro da Silva – Universidade Federal do Amapá – 8,2

Lais Peres Rodrigues – Universidade Federal do Rio de Janeiro – 8,0

Luciana de Oliveira Mangueira – Universidade Estadual do Rio de Janeiro – 7,9

Igor Ferreira dos Santos – Universidade Estácio de Sá ( Cantagalo-RJ) – 7,8


      Compartilhamos, ainda, a felicidade de havermos participado como parceiros da realização do trabalho premiado na categoria “Comunicação Audiovisual”, intitulado“Onde começa a história – um documentário sobre euclidianos e euclidianismo em Cantagalo-RJ” (autoria: Matheus Lucas de Arruda Câmara; Matheus Muniz Guzzo – Universidade Estácio de Sá – Nova Friburgo – RJ; Amanda Belo - Universidade Estácio de Sá – Nova Friburgo – RJ; Igor Ferreira - Universidade Estácio de Sá – Nova Friburgo – RJ; e Camila da Cunha – Trineta de Euclides da Cunha). O esboço do trabalho, bem como sua concepção e produção se deram nas Oficinas de Documentário oferecidas pelo Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides, em Cantagalo-RJ.

       O Projeto 100 Anos Sem Euclides encerra o ano de 2012, portanto, com importantes premiações, dentro e fora do contexto da universidade – o que reforça nossa vontade de permanecer construindo caminhos para a educação patrimonial e cultural, fomentando a pesquisa e a disseminação do acervo euclidiano em Cantagalo e em São José do Rio Pardo. Até breve, em 2013, com mais novidades, novas parcerias e outros voos!







domingo, 25 de novembro de 2012

III Ciclo de Debates e Oficinas Pedagógicas

 III Ciclo de Debates e Oficinas Pedagógicas – Conversas com Educadores: Euclides da Cunha na sala de aula

          Olá, pessoal! O Projeto 100 Anos Sem Euclides tem o prazer de convidar a todos para o  III Ciclo de Debates e Oficinas Pedagógicas.
          O evento é gratuito e acontecerá nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, em Cantagalo, na Casa de Cultura Euclides da Cunha, e tem a seguinte programação:


30-11 (sexta-feira)

-> 8h/9h – Credenciamento. Abertura da exposição dos trabalhos das Oficinas de Arte do Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides (Gilson/Fátima).

-> 9h/10h30min – Mesa de abertura. Tema: “Movimentos de contestação e suas representações na literatura brasileira”. Godofredo Oliveira Neto (FL-UFRJ) e Luitgarde Cavalcante (UERJ). Mediação de Anélia Pietrani (FL-UFRJ).

-> 10h30min./11h – Parada para cafezinho e intervalo.

-> 11h/12h – Exibição do curta-metragem em homenagem a Edeor de Paula – 80 anos; logo após, pocket show com o sambista e compositor de “Os Sertões” (Em Cima da Hora, 1976).

-> 12h/14h – Almoço.

-> 14h/18h – Oficinas Pedagógicas (com intervalo de meia hora para coffee break, entre 15h45min. e 16h15min.)

01-12 (sábado)

-> 8h/9h – Abertura da exposição do Arquivo de Memória Amélia Tomás; apresentação do Jogral para Três Vozes (bolsistas da UFRJ).

-> 9h/10h – Conferência: “Os Sertões – 110 anos tecendo Brasis”, por Alberto Venâncio Filho (Academia Brasileira de Letras). Coordenação do Prof. Luiz Fernando Conde Sangenis (FFP-UERJ).

-> 10h/10h45min. – Seção audiovisual. Tema: “Euclidianismos: memórias, histórias, interlocuções”. Guilherme Félice Garcia (São José do Rio Pardo-SP) e Anabelle Loivos (Cantagalo-RJ) fazem um talk-show sobre os movimentos euclidianos em suas respectivas cidades natais.

-> 10h45min./11h – Parada para cafezinho e intervalo.

-> 11h/12h – Exibição do curta-metragem “Onde Começa a História”, da Juventude Euclidiana Cantagalense, com debate ao final com o grupo. Mediação do Prof. Luiz Fernando Conde Sangenis (FFP-UERJ).

-> 12h/14h – Almoço.

-> 14h/16h30min. – Apresentação de trabalhos acadêmicos (comunicações orais). Comentadores: Professores João Bôsco Paula Bon Cardoso, Airan Borges, Luiza Fontão e Ludmar Lameirinhas (professores locais).

-> 16h30min./ 17h - Coffee break de encerramento com “Sarau do Seu Euclides” (músicos locais).


     Para se inscrever, basta acessar este link: Inscrição para o III Ciclo de debates e oficinas pedagógicas

     O Ciclo de Debates é voltado para educadores de todas as séries, porém pessoas que exercem outras profissões e se interessam pelos temas que serão abordados também podem fazer parte!


     A Casa de Euclides da Cunha fica localizada na Rua Maria Zulmira Torres, ao lado do Colégio Estadual Maria Zulmira Torres, no centro de Cantagalo.







segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Homenagem a Daniel Piza, por Ana Maria Machado


       Confira o texto que a escritora Ana Maria Machado dedicou ao jornalista Daniel Piza, que refez a viagem de Euclides ao Alto Purus, na Amazônia, dando origem ao documentário "A Amazônia de Euclides: um paraíso perdido."

Homenagem a Daniel Piza, por Ana Maria Machado

       Desde que o Daniel morreu eu estava querendo homenageá-lo de alguma forma. Não sabia como.  Não conheço sua família, não tinha muito contato com ele, não sabia a quem me dirigir. Mandei apenas um telegrama ao jornal, falando da minha tristeza. Agora aproveito a oportunidade  para deixar registrado quanto eu o admirava. E quanto gostava dele.

       Conhecemo-nos em Cambridge, na Inglaterra, no verão europeu de 1996, onde por duas semanas intensas  participamos de um seminário de literatura. Ouvimos ótimas palestras, debatendo com gente como Doris Lessing,  A.S. Byatt,  P. D. James, Terry Eagleton, Margaret Drabble, Malcolm Bradbury, Michael Holroyd. E, sobretudo, tivemos o privilégio de passar um dia inteiro podendo conversar e beber as palavras de um intelectual de nossa especial admiração, George Steiner. Conversas numa sala, esparramados em poltronas, e em seguida nos pubs e nos jardins dos colleges, entre  horas de explorações em livrarias. Os escritores brasileiros éramos Eric Nepomuceno, João Silvério Trevisan, Cristóvão Tezza e eu, que lemos trechos de nossas obras , debatidas pelos outros participantes. E no meio de tanta gente inteligente e instigante, uma das impressões mais fortes que me ficou foi a do contato com o fulgor da mente de Daniel Piza. Descobrimos afinidades, manifestamos afeto. Mas convivemos pouco. Nem ele vinha muito ao Rio, nem vou com frequencia a SP.

       Encontrá- lo foi uma alegria. Não apenas pelo prazer pessoal, mas pela confirmação de minha crença teimosa de que existe vida inteligente no jornalismo cultural brasileiro e, com frequência, ela está em artigos e colunas, onde o autor pode se expor sem precisar se amparar nas opiniões alheias das entrevistas.

       Às vezes nos telefonávamos.  Volta e meia comentávamos os escritos um do outro. Um dia, ele me surpreendeu publicando um belo livro infantil, MUNDOIS. Coisa que quase todo mundo tenta e pouquíssimos conseguem.  Pois Daniel conseguiu. Profundo e claro.  Como a lua do poema de Fernando Pessoa, grande e inteira, mesmo restrita nos limites mais apertados,  porque alta brilha. Liguei para ele, encantada. Conversamos sobre isso, sobre direita e esquerda, sobre patrulhas ideológicas, sobre correções políticas, sobre a coragem moral de ser fiel a si mesmo e não se deixar apenas levar pela correnteza. Para mim, o jornalismo cultural que ele fazia era uma comprovação disso. Além de ser capaz de dialogar com outras leituras e estar muito ligado ao quotidiano, trazia a marca que me parece importantíssima no setor : a capacidade de afirmar que as coisas  não são bem assim como todo mundo está repetindo sem pensar. Que existe um “por outro lado”. De pressupor uma dúvida, um matiz diverso.  De não se cansar de reler, uma das marcas da civilização, como  ele fazia questão de dizer.
Daí que uma homenagem que desejo propor é que Daniel Piza seja relido. Os artigos  reunidos num livro como Questão de Gosto, por exemplo, estão sempre a nos trazer algo novo. Transcendem o tempo de duração do jornalismo – efêmero por definição. Participam cada vez mais do cultural. Assim,  conseguem permanecer.

      Pena que Daniel permaneceu tão pouco entre nós. Faz falta. Sua morte prematura não dá só tristeza. Dá raiva.

(Do site da Biblioteca Municipal Popular de Botafogo-RJ)

Exposição Canudos: Memória do Mundo


           No mês de aniversário do Museu da República (Ibram/MinC) o presente é para os visitantes.

         Começará a partir de 15 de novembro a exposição, Canudos: Memória do Mundo, uma mostra com 69 fotografias de autoria de Flávio de Barros  que compõem o Acervo Canudos, parte do arquivo histórico do museu que foi elevado recentemente à categoria de “Memória do Mundo”.

          O  Museu da República está localizado na Rua do Catete, 153 – Catete/RJ
          Mais Informações: (21)3235.3693 ou  www.museudarepublica.org.br

Dia 15 - quinta-feira
Apresentação da Orquestra Villa-Lobos e crianças
Local: Pátio do Museu da República
Horário: 10h

Exposição “Canudos, Memória do Mundo”
Local: 1º pavimento do Palácio do Catete
Horários: Terça a sexta-feira, de 10h às 17h
Sábados, domingos e feriados, de 14h às 18h

Seresta
Local: Jardim
Horário: 19h às 21h

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Altos papos euclidianos


Exposição Barbárie e espanto em Canudos

        A exposição na Caixa Cultural traz, pela primeira vez, todas as xilogravuras que compõem a impressionante série Canudos de Adir Botelho, um dos maiores gravuristas brasileiros.

        Ao longo de duas décadas, de 1978 a 1998, o artista trabalhou inspirado por um dos temas mais sangrentos da História do Brasil, a guerra civil sangrenta narrada em "Os Sertões", de Euclides Cunha.

       A obra consiste numa sequência de impressionantes imagens sobre o drama ocorrido no sertão da Bahia que mobilizou o Brasil no final do século XIX. A exposição reúne duas séries, Canudos, concebida em xilogravura, e a série Agonia e morte de Antônio Conselheiro, em desenhos a carvão. Os trabalhos do
gravurista transmistem um misto de força, expressividade rude e ao mesmo tempo poética. São 120 xilogravuras e 22 desenhos a carvão, que o artista denonimou Canudos: agonia e morte de Antonio Conselheiro.


A exposição vai até o dia 11 de novembro!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sertão, Sertões de Sergio Rezende

                               Sergio Rezende – diretor de Sertão, Sertões

         Inspirado em dois clássicos da literatura brasileira, Os Sertões, de Euclides da Cunha e Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, o filme de Sérgio Resende é uma reflexão sobre a categoria mítica do sertão no Brasil contemporâneo.  Na visão do diretor, “o deslocamento das populações rurais para os grandes centros urbanos e do outro lado, a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras parecem confirmar a profecia famosa de Antonio Conselheiro: O sertão vai virar praia, a praia vai virar sertão”.

        No mundo globalizado, o documentário procura expandir o conceito de sertão para outras regiões do mundo.  O cineasta percorreu os territórios míticos de Rosa e Euclides: o norte de Minas e o sertão baiano. Esteve também em Rondônia, palco da rebelião dos operários da usina de Jirau. E se debruçou sobre o novo “sertão” das comunidades pobres do Rio de Janeiro. Sergio Rezende é autor de 13 filmes de longas-metragens, entre eles o “O Homem da Capa Preta”, “Guerra de Canudos” e “Salve Geral”.


Sertão, Sertões (estreia em 17/11) TV Câmara

- duas semanas de exibição
. sábado – 21h
. domingo – 2h/13h30/20h
. quarta – 5h30

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Oficina “Cambucazinho vai à Feira de Ciência e Tecnologia"


           Neste Domingo, dia 21 de outubro de 2012, o Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides e o ILTC (Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência) realizarão uma oficina cultural de artes e contação de histórias, no Campo de São Bento, que fica na rua Gavião Peixoto, bairro Icaraí, Niterói, no horário de 9h às 14h. A oficina é parte das comemorações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que neste ano traz, só na cidade de Niterói mais de 200 eventos diversificados.
              A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia tem como tema principal: “Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza”, que foi também o tema da Conferência Rio+20, que ocorreu no Brasil, em junho. Estão previstas atividades de difusão e de apropriação social de conhecimentos científicos e tecnológicos.
              A oficina “Cambucazinho vai à Feira de Ciência e Tecnologia”, promovida pelo Ponto de Cultura e pelo ILTC, tem como objetivo fazer com que as crianças tenham contato com elementos naturais para elaboração de trabalhos de livre inspiração. Serão utilizados materiais como terra e areias coloridas, seixos, galhos, sementes, musgos e similares. Além disso, haverá contação de história do livro infantil de Fabiana Corrêa: “História de um Cambucazinho”, música e muita brincadeira!
         "História de um Cambucazinho" conta as desventuras de um jovem cambucá, que vive em um recanto de Mata Atlântica. Cambucazinho sente-se solitário, já que não existem outros cambucás na floresta onde mora e resolve, então, desaparecer. A bicharada da floresta nota seu desaparecimento e, assim, começa uma aventura de resgate e amizade.
Leve o seu pequeno a esse gostoso evento, que une diversão, arte-educação e contato direto com a natureza!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Projeto 100 Anos Sem Euclides na 23º UERJ sem Muros


             O Projeto 100 Anos Sem Euclides participou, mais uma vez, no dia 01 de outubro, da “23º UERJ sem Muros-16º Mostra de Extensão”, evento que abre durante uma semana, anualmente, as portas da universidade ao público, com o intuito de apresentar sua produção em todas as instâncias acadêmicas: graduação, extensão e pós-graduação.



             O Projeto contou com a participação da bolsista Luiza Rosine (UERJ/FFP) e o coordenador Luiz Fernando Conde Sangenis (Prof. Dr. da Faculdade de Educação/UERJ/FFP), que apresentaram ao público um pôster ilustrativo onde pontua nossas principais atividades desenvolvidas até o momento.


Jornada de Iniciação Científica da UFRJ


      A XXXIV Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro aconteceu entre os dias 1 e 5 de outubro. Dezenas de trabalhos foram apresentados no formato de comunicações por toda a UFRJ, com o intuito de estimular a produção e a manutenção de conhecimento e a criação de novas ideias e propostas a serem aplicadas dentro e fora da universidade.
        O grupo do Projeto 100 Anos Sem Euclides não ficou de fora desse importante evento. Contando com a participação de três dos seus integrantes, o Projeto conseguiu se sobressair de forma brilhante perante a banca avaliadora, que só teceu comentários de aprovação aos autores dos trabalhos.

        Os bolsistas Pedro Henrique Soares Pimentel, Lais Peres Rodrigues e Analu Carbos de Freitas tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos no dia 2, na Faculdade de Letras da UFRJ. Pedro, com seu “Os sertões” e “Cidade de Deus”: confrontos de direitos e espaços à margem; Lais, com “Ressignificações do sertão e do mar na poética de Euclides da Cunha”; e Analu, com “A sertaneja é antes de tudo... Feia: considerações acerca do papel da feiúra na construção da identidade das mulheres em Os sertões, de Euclides da Cunha”.
        Todos os três bolsistas conseguiram apresentar seus trabalhos com presença e peso, articulados com as pesquisas desenvolvidas pelo projeto de extensão “100 Anos Sem Euclides” e de pesquisa “Engenhos Poéticos de Euclides da Cunha” ambos orientados pelas professoras Anabelle Loivos (FE-UFRJ) e Anélia Pietrani (FL-UFRJ). A banca tomou a palavra para fazer comentários e questionamentos a cada apresentação, e os bolsistas tiveram desenvoltura para responder a todos eles, além de mostrarem total domínio de suas pesquisas.

Colaborou: Pedro Henrique Pimentel. 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Encontros com alfabetizadores em Friburgo

          No dia 28 de Setembro deste ano, na cidade de Nova Friburgo, ocorreu um encontro entre profissionais das áreas pedagógicas e de letras, que fez parte dos ciclos de debate e formação continuada que o Projeto 100 Anos Sem Euclides realiza nas cidades de Cantagalo e Friburgo. Com o tema “O direito à Literacia: cultura, cidadania, percursos e desafios”, a oficina ministrada pela Prof.ª Dr.ª Anabelle Loivos e pelos bolsistas de extensão da UFRJ, Leandro di Salvo, e da UERJ, Luiza Rosine, oportunizou aos profissionais presentes uma ampla discussão sobre o assunto. Os docentes, todos eles alfabetizadores da rede municipal de ensino de Nova Friburgo, falaram sobre suas experiências e dificuldades, na rotina do seu dia a dia como educadores.

               O termo Literacia é um novo conceito dentro dos primeiros ciclos de ensino estudantil. Entende-se por Literacia a capacidade de cada indivíduo de compreender e usar as informações escritas, contidas em vários materiais impressos, de modo a desenvolver 
seus próprios conhecimentos de mundo. A sua definição vai além da simples compreensão dos textos, para incluir um conjunto de capacidades de processamento de informações, que poderão ser usadas na vida pessoal de cada indivíduo.
                   O tema foi bem recebido pelos profissionais do magistério friburguense que estiveram presentes. Durante as atividades, a turma foi dividida em grupos, de forma que estes realizassem tarefas práticas e para que houvesse um momento de discussão sobre os textos abordados.

                        Por fim, a professora Anabelle Loivos propôs que os docentes produzissem, em casa, materiais a partir de textos da cultura local, como parlendas, cantigas, acalantos e entre outros, que serão relidos na próxima oficina, cujo tema central será a oralidade em sala de aula.



                                                           Contribuiu para a matéria o bolsista Diego Domingos




terça-feira, 28 de agosto de 2012

Debates no Ponto


                                  

Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides promove debates com os candidatos a prefeito e a vice-prefeito de Cantagalo

         O Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides e o Projeto 100 Anos Sem Euclides estão promovendo uma série de debates com os candidatos a prefeito do município de Cantagalo, acerca dos seus respectivos planos de governo para os setores da cultura, das artes e da educação. Trata-se dos “Debates no Ponto”, uma forma democrática de ouvir os candidatos a prefeito e vice-prefeito de nossa cidade e discutir com eles suas propostas, além de expor as reais demandas da sociedade civil organizada, que representamos.

         A comunidade cantagalense mostrou seu protagonismo nas frentes da cultura, da arte e da educação, marcando presença ao primeiro destes debates, que aconteceu na última sexta-feira, dia 24-08-2012, às 19h, na Casa de Euclides da Cunha. Recebemos, nesta ocasião, o candidato Saulo Gouvêa, do PT (Coligação Pra Frente Cantagalo). Foram quase duas horas de discussões bastante proveitosas, em que o candidato pôde expor seu plano de trabalho e os presentes puderam fazer perguntas e sugestões para a plataforma de governo.

         Estiveram presentes ao encontro representantes de diversas instituições ligadas à cultura e à educação no município de Cantagalo: Casa de Euclides da Cunha; ASSEXCA – Associação dos Experientes de Cantagalo; GEAC – Grupo Euclidiano de Atividades Culturais; Projeto 100 Anos Sem Euclides; Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides; Juventude Euclidiana Cantagalense; Associação Brasileira de Trovadores (seccional Cantagalo); Secretaria Municipal de Cultura; Colégio Euclides da Cunha; Colégio Estadual Maria Zulmira Torres; Colégio Estadual Conde de Nova Friburgo; Academia Cantagalense de Letras, entre outras. Membros da comunidade com destacada atuação individual nas área da cultura e da educação (professores, arte-educadores, poetas, músicos etc.) também participaram do evento, contribuindo para o alto nível do debate.

         O candidato Saulo Gouvêa apresentou a todos seus projetos para as áreas da cultura e da educação, ressaltando a prioridade de finalização do Centro Cultural de Cantagalo, que leva o nome da professora e poeta Amélia Thomás, para iniciação das crianças e jovens às artes cênicas, plásticas, à literatura, a música e à dança. Falou, ainda, da abertura à negociação com o governo do Estado sobre a proposta de municipalização da Casa de Euclides da Cunha, principal aparelho cultural da região. Disse ter o propósito de investir em eventos que resgatem a memória de cidadãos cantagalenses que tiveram importância em sua área de atuação, como Euclides da Cunha, Amélia Thomás, Joaquim Naegele e outros. Citou também a criação de um projeto que recupere as raízes e o folclore típicos de Cantagalo, com seus grupos de folias de reis, mineiro pau e outras tradições populares, além de anunciar a criação de um grupo de trabalho para organizar o bicentenário da cidade, em 2013.

           As propostas foram recebidas com interesse pelo público presente, que fez variadas sugestões em complementação ao plano original de governo do candidato do PT à prefeitura de Cantagalo. Dos debates, saíram ideias para a necessidade de implementação de políticas públicas específicas para a área da cultura, consolidando projetos já em vigência e estabelecendo parcerias entre o poder público e as iniciativas da sociedade civil organizada. Em suma, a comunidade se pronunciou a favor de um amplo debate, pautado pela democracia de intervenções, sobre os rumos dos projetos culturais e artísticos na cidade de Cantagalo, a fim de que possa ser contemplada a multiplicidade de manifestações simbólicas e patrimoniais do município.

            No próximo “Debates no Ponto” receberemos os candidatos a prefeito e a vice-prefeito do PCdoB, Roger Noronha e Pastor Messias, para falarem de suas propostas sobre cultura, arte e educação e ouvirem da comunidade suas demandas sobre tais assuntos. Marque em sua agenda: dia 31-08-2012, sexta-feira, às 19h, na Casa de Euclides da Cunha. Participe! Seja cidadão!

                               

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O Projeto 100 Anos Sem Euclides e a II Jornada de Estudos Fluminenses

          A II Jornada de Estudos Fluminenses, ocorrida entre os dias 26 e 29 de junho de 2012, recebeu uma verdadeira caravana de euclidianistas entusiasmados. Foram inúmeras comunicações, profundos debates e muita experiência para os jovens pesquisadores do Projeto 100 Anos Sem Euclides, que, auxiliados por seus coordenadores, apresentaram os frutos de suas recentes investigações.
            Nossa primeira participação ocorreu com uma seção audiovisual, apresentada por Juliana Gelmini (graduada em Letras pela UFRJ e bolsista do Arquivo de Memória Amélia Tomás), Kátia Nascimento (graduanda em Letras na UFRJ e bolsista do Projeto Identidade e Memória Fluminense) e Rick Azevedo (gestor do Ponto de Cultura “Os Serões do Seu Euclides”). A proposta do trabalho era a de mostrar um pouco da vida e da obra de Amélia Tomás, primeira diretora da Casa de Euclides da Cunha, em Cantagalo. Além disso, foram apresentados arte-poemas baseados nos escritos por Amélia, uma intervenção que põe em destaque a força criativa deste grupo. O objetivo central desta seção foi chamar atenção para o recém-implantado “Arquivo de Memória Amélia Tomás”, espaço de educação patrimonial, cultura, história e memória da cidadania cantagalense.
            Luiz Fernando Sangenis (Prof. Dr. da Faculdade de Educação/FFP) e Marcela Loivos (mestre em educação pela FFP) trouxeram uma comunicação que investiga a triangulação entre Estado, Escola e Comunidade, através do Curso Normal Rural de Cantagalo, implantado em 1952, para formar professoras que atuassem naquela região e que valorizassem o meio rural.
            Ainda contamos com a participação de uma parceira do Projeto 100 Anos Sem Euclides, a diretora do Centro Cultural Maria Sabina, Neide Barros Rêgo, que, em conjunto com Sandrine Huback (graduada em letras pela UFRJ e bolsista do Arquivo de Memória Amélia Tomás), apresentou uma reavaliação do Fluminensismo nas letras, através das duas escritoras: Amélia Tomás e Maria Sabina.
            Rick Azevedo apresentou outra comunicação, intitulada “Cartas Fluminenses: Euclides da Cunha missivista”, com a intenção de expor a opinião de Euclides, através de suas cartas, sobre diversos acontecimentos ocorridos no Rio de Janeiro, tais como: a Revolta da Armada, a efervescência da Rua do Ouvidor e sua posse como membro no IHGB. A pesquisa mostra um Euclides preocupado com o que o próprio autor fluminense chama de “espírito brasileiro”, entre o final do século XIX e o início do século XX.
            Lais Peres (graduanda em Letras pela UFRJ e bolsista de extensão do Projeto 100 Anos Sem Euclides) apresentou a pesquisa que desenvolveu em conjunto com Anélia Pietrani (Prof.ª Dr.ª da Faculdade de Letras / UFRJ). O trabalho utiliza como corpus o acervo poético de Euclides da Cunha, que irremediavelmente é ofuscado por seu grande sucesso em Os Sertões. Através da análise de seus poemas, buscou-se identificar como o sujeito poético euclidiano é avesso aos ideais urbanos da belle époque e ligado a tradições e imagens do interior do Brasil, criando muitas vezes na natureza o local ideal de morada da sua poesia.
            Intitulada “Euclides da Cunha: um quixote fluminense à margem da Rua do Ouvidor”, a pesquisa apresentada pela Prof.ª Dr.ª Anabelle Loivos da Faculdade de Educação da UFRJ e por seu orientando Pedro Henrique Pimentel (bolsista de extensão do Projeto 100 Anos Sem Euclides e graduando em Letras pela UFRJ) deixou gostinho de quero mais, pelo pouco tempo disponível na seção para um tema tão interessante. O objetivo dos dois é trazer uma proposta de literatura comparada em que pesem as aproximações e os afastamentos entre Euclides e todos os intelectuais cariocas e fluminenses que contribuíram para cultura (pré-)modernista, em finais do século XIX e início do século XX. Coteja, ainda, a concepção de direitos humanos que ressalta das obras euclidianas e a de alguns de seus contemporâneos, a fim de encetar uma análise crítica sobre a perenidade de seus relatos.
            A II Jornada de Estudos Fluminenses foi coordenada pela Prof.ª Dr.ª Andréa Telo da Corte, diretora do Centro de Estudos de História Fluminense do Museu de História e Arte do Rio de Janeiro (MHAERJ), mais conhecido como “Museu do Ingá”.
            É importante destacar a importância de eventos como esse, bem como a participação do Projeto 100 Anos Sem Euclides, com o objetivo de integrar ações que nos fazem debruçar sobre os livros e interagir com a comunidade ao nosso redor. Pois é através de projetos de extensão e de eventos acadêmicos deste porte que as Universidades buscam trazer reflexão e ação interventora para a população, sempre priorizando auxiliar, de alguma forma, na educação e na formação de jovens brasileiros.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

100 Anos Sem Euclides na 100ª Maratona Euclidiana


O evento mais aguardado dos euclidianistas de todo Brasil está prestes a começar. No dia 09 de agosto, será dada a largada para a 100ª Semana Euclidiana de São José do Rio Pardo, que este ano terá como tema: "Imortalidade, Sonho e Realidade – Euclides da Cunha: um homem, uma viagem, a busca além dos sertões".

Para nós, do Projeto 100 Anos Sem Euclides, esta é uma oportunidade maravilhosa não só de poder apresentar o trabalho que desenvolvemos ao longo do ano, mas, também, de rever amigos, trocar experiências, apreender novas informações e, claro, “tietar” Euclides da Cunha. 

Desta vez, nossa turma, que representa o estado do Rio de Janeiro, irá recheada de euclidianistas novatos, ansiosos para experimentar toda a mágica atmosfera de companheirismo e troca de ideias provocada por São José do Rio Pardo, durante a Semana Euclidiana. Com certeza, quem participa deste evento leva para sempre o espírito de perenidade clássica que envolve o escritor homenageado, todos os anos. Os que já participaram antes vão para São José como se essa fosse a primeira vez, já que há sempre mais o que aprender, há mais o que mostrar, há mais pessoas a conhecer. Professores, bolsistas e monitores, envolvidos com o Projeto, apresentarão ao todo oito trabalhos durante a Semana Euclidiana 2012.

Essa é a expectativa do Projeto 100 Anos Sem Euclides para a 100ª Semana Euclidiana. Um grupo que a cada ano confirma seu objetivo de acompanhar a linha reta em que Euclides se inspirou durante a vida. Nosso comprometimento é pesquisar, repassar conhecimento e ter responsabilidade social. Que venham mais 100 Anos de Movimento Euclidiano!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Escolas fazem trabalho sobre Euclides da Cunha




Escolas fazem trabalhos sobre Euclides da Cunha
Carolina Bessa


          As escolas da Rede Municipal do Rio não deixaram passar em branco o centenário de morte de Euclides da Cunha. Elas realizaram projetos para dar mais visibilidade à vida e à obra do autor de Os sertões. As atividades desenvolvidas com os alunos procuraram se adaptar ao nível de ensino deles e variaram também conforme a criatividade e a integração da comunidade escolar.
          Por levar o nome do escritor, a Escola Municipal Euclides da Cunha, em Guaratiba, aproveitou para fazer uma série de atividades e eventos comemorativos. O projeto intitulado Euclides da Cunha: um escritor, uma escola e muitos personagens começou a ser idealizado no início ano, mas foi no segundo semestre que as atividades realmente aconteceram. Segundo a coordenadora pedagógica Cláudia Beatriz, o objetivo foi fazer um trabalho interdisciplinar em que os professores atuassem juntos no desenvolvimento da proposta.
           Para dar visibilidade ao projeto, foi criado um blog (http://emeuclidesdacunha.blogspot.com). Entre os trabalhos realizados estão a confecção de histórias em quadrinhos com alunos de uma turma de 8º ano, orientados pelos professores de Artes, Marcelo Fernando da Silva, e de Matemática, Vanderlan da Silva Ramos. Já a professora de Português Arlene da Fonseca auxiliou na construção de maquetes sobre o Arraial de Canudos com uma turma de 6º ano. A professora de Educação Física Luciete Queiroz não ficou de fora: ela aproveitou o Dia do Folclore, em agosto, para falar um pouco da cultura do Nordeste e confeccionou com os estudantes esculturas de barro, inspiradas na obra de Mestre Vitalino.
            As homenagens pelos 100 anos de morte de Euclides da Cunha não param por aí. Foi realizada uma exposição com fotografias da escola, desenvolvida pelas professoras de História, Shirley Brito, e de Espanhol, Vânia Tosani. No dia 10 de novembro, foi a vez da palestra com o escritor Marcelo Biar, autor do livro Antônio Conselheiro: nem santo, nem pecador. Ele falou da importância histórica do líder do Arraial de Canudos para o sertão nordestino e de sua atuação na Guerra de Canudos. A cobertura desse conflito deu notoriedade a Euclides da Cunha, que, por conta disso, escreveu a obra-prima Os sertões.
           A escola fechou com chaves de ouro suas atividades em dezembro, com exposição dos trabalhos sobre a temática e, ainda, uma apresentação especial da Escola de Samba Em cima da Hora, que desfilou no carnaval carioca em 1976 com o samba-enredo Os sertões, que conta a história de Canudos sob a ótica de Euclides da Cunha.

Café literário

          Na Escola Municipal  José Emygdio de Oliveira,  em Oswaldo Cruz, a professora da sala de leitura, Lilian Mello, realizou um café literário sobre Euclides da Cunha com cerca de 20 alunos do 8º e 9º anos.
         Durante o lanche, eles assistiram ao DVD Arte da TV Escola, que aborda as transformações sociais da passagem da monarquia para a república e a Guerra de Canudos.
          Em seguida, foi feita uma leitura coletiva da adaptação de Os sertões, de José Louzeiro, livro distribuído pela Secretaria Municipal de Educação às escolas. A professora complementou o trabalho com a leitura da biografia de Euclides da Cunha e montou uma apostila como fonte de pesquisa para os estudantes.
         A professora Lilian também estendeu o café literário à outra unidade em que atua, a Escola Municipal Barão da Taquara, em Jacarepaguá. Entretanto, as atividades foram diferenciadas. Ela teve a parceria da professora de História Carla Abreu Barroso, que fez uma monografia de pós-graduação sobre o escritor fluminense e também atuou na Casa de Cultura Euclides da Cunha, de São José do Rio Pardo (SP).        
         Enquanto tomavam chocolate quente, os estudantes assistiram à palestra da professora Carla e fizeram uma leitura coletiva da adaptação de Os sertões. Em seguida, foi realizada uma oficina de redação sobre o tema.

Retratos do sertão

        No Ciep Pablo Neruda, também em Jacarepaguá, a professora da sala de leitura, Clarice Maria Silva, realizou atividades com os alunos do 1º ao 5º anos do Ensino Fundamental. Ela leu trechos do livro mais famoso de Euclides, contou a vida do autor e fez um contraponto com o livro Seca, de André Neves, uma publicação voltada para crianças com imagens que mostram, de forma poética, a força do imaginário infantil contra a dura realidade da seca no sertão nordestino.
        Depois de apresentados ao universo euclidiano, os estudantes fizeram pôsteres sobre o que aprenderam. “As crianças usaram cores fortes para retratar a seca, como vermelho e amarelo. Outras optaram por retratar os últimos sobreviventes da Guerra de Canudos. Elas ficaram muito impressionadas, porque, no grupo de quatro pessoas, havia uma criança. Para expor os trabalhos, fizemos um mural decorativo com juta”, afirmou Clarice. A tarefa envolveu tanto a comunidade escolar que o professor   Anderson Monteiro também resolveu dar sua contribuição e  fez a ilustração de um sertanejo.
         Para a professora da sala de leitura, o projeto atingiu seus objetivos, já que os alunos conseguiram identificar o cenário da história retratada por Euclides da Cunha e aprenderam mais sobre a dura realidade da seca do Nordeste.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Tenda das artes: uma iniciativa do Ponto de Cultura “Os Serões do Seu Euclides"

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No sábado (14-07), na Praça Cônego Crescêncio Lanciotti, aconteceu a primeira atividade da Tenda das Artes. O evento, produzido pelo Ponto de Cultura “Os Serões do Seu Euclides”, recebeu apoio da Secretaria Municipal de Educação e da escritora Fabiana Corrêa, autora do livro Era uma vez, Euclydes (2009). 


Reunido em um dos pontos principais da cidade de Cantagalo, o grupo, composto por bolsistas e pesquisadores do projeto Arquivo de Memória Amélia Tomás, promoveu um encontro entre infância e arte. As crianças, sentadas em grupo, na tenda montada em frente à Paróquia do Santíssimo Sacramento, tiveram a chance de participar da contação de histórias e, ao mesmo tempo, desenhar e pintar. 


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Antonio Conselheiro (a Guerra de Canudos) por Edu Lobo

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Confira a música 'Antonio Conselheiro (a Guerra de Canudos)' de Edu Lobo.


Iambupe, Bom Conselho 


Jacobina, Xorroxó 

Monte Santo, Mundo Novo 

Lagoinha, Quixadá 

Entre Rios, Belos Montes 

Quem é esse que vagueia? 

Conselheiro que tonteia 

E apeia sem chegar 

Que horizonte mais errante 

Que crendice mais descrente 

Que descrença mais distante 

Que distância mais presente 

Que distância mais presente 

Desgoverno governante 

Quanta gente confiante 

Em Antônio penitente 

Quando o céu virasse a terra 

Como um rio sem nascente 

Quando a espada entrar na pedra 

Quando o mar virar afluente 

Que paixão insatisfeita 

Que vingança mais demente 

Virgem Santa decaída 

Satanás onipotente

Os Sertões é uma obra matricial para pensarmos a cultura brasileira


“De acordo com alguns intérpretes, Euclides da Cunha talvez tenha escrito Os Sertões de trás para frente”, conta o historiador Marçal Paredes

In: http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3010&secao=318


Por: Graziela Wolfart e Greyce Vargas

Doutor em História, Marçal de Menezes Paredes nos concedeu a entrevista a seguir sobre Euclides da Cunha, dando continuidade ao debate feito na revista IHU On-Line da semana passada. “O paradoxo de Euclides da Cunha reside justamente naquilo que ele consegue manifestar – através da utilização dos oximoros – apesar do que os pressupostos da ciência do século XIX permitiam ver. Ou seja, Euclides trabalha com a ambigüidade entre os conceitos do “sujeito” (da ciência, do ponto de vista abstrato) e as características de seu ‘objeto’”, escreveu ele na entrevista que nos concedeu por e-mail.

Marçal de Menezes Paredes é graduado em Ciências Sociais pela PUC-RS, onde também fez o mestrado em História. Na Universidade de Coimbra (Portugal), realizou o doutorado em História. Atualmente, é professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Também é professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da PUC-RS. É autor de Um Ser (tão) brasileiro: Tempo, História e Memória em Os Sertões de E. da Cunha (Curitiba: Juruá, 2002).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que caracteriza a visão de Euclides da Cunha da identidade brasileira?

Marçal de Menezes Paredes – A interpretação que Euclides da Cunha faz da Identidade Brasileira tornou-se verdadeiramente um clássico e, como tal, sofreu (e sofre) múltiplas interpretações. Obviamente, a cada nova interpretação, novas características de sua obre são posta em evidência. Em minha opinião, em Os Sertões, Euclides funda uma compressão da Identidade brasileira a partir da oposição entre Litoral e Interior. Para ele, dois tipos de mestiços havia no país: o do litoral, que vivia sob uma “civilização de empréstimo” e, outro, do interior, que mesmo se afastando dos parâmetros tomados como certos pelo eurocentrismo científico do final do século XIX, apresentava o que mais faltava aos brasileiros do litoral: vínculo à terra. O sertanejo torna-se “antes de tudo, um forte”, como diz Euclides, por estar harmonizado com o sertão, por defendê-lo na luta e não abandoná-lo na seca. Deste modo, além da oposição entre litoral e interior, Euclides também manifesta os problemas de interpretar o Brasil profundo a partir das lentes etnocêntricas do cientificismo de sua época. Euclides percebeu este problema, que de alguma forma, ainda é o nosso problema: fundar uma hermenêutica histórica da cultura brasileira.

IHU On-Line – Quais os principais pontos da releitura que o senhor faz da obra Os Sertões, sob o viés da formação das identidades nacionais?

Marçal de Menezes Paredes – De acordo com alguns intérpretes, Euclides talvez tenha escrito os Sertões de trás para frente. Explico. Na releitura que faço da obra, percebo grande eco dos escritos do seu Diário (publicado pela Cia das Letras, sob organização de Walnice Nogueira Galvão) na terceira parte do livro, A Luta. Por isso, acredito que a primeira parte e segunda – A Terra e o Homem – são ensaios que buscavam compreender – através dos parâmetros do Determinismo Geográfico e do Determinismo Biológico – “o fato” da Guerra de Canudos. Nestas partes, o autor se utiliza de grande manancial de conhecimentos que vão da Geologia e da Botânica à Etnologia e Sociologia. Na terceira parte, por sua vez, ainda está vibrando o jornalista (Euclides foi para o sertão como enviado especial do Jornal A Província de S. Paulo), mas este vem mesclado com o historiador da batalha. Como se vê, concordo com Guilhermino César quando ele diz que Os Sertões é um “livro-estuário”, pois para lá correram águas de diversos rios (as diversas disciplinas) e o autor soube com maestria aglutinar esteticamente a contribuição de tão variados conhecimentos. É neste ponto que entra sua riqueza estilística e literária.

IHU On-Line – Em que sentido esta obra de Euclides da Cunha pode ser entendida como uma resposta à questão sobre quem é o brasileiro?

Marçal de Menezes Paredes – Em sentido total. Pela lógica de Os Sertões, o sertão é o cerne do interior do Brasil e o interior do Brasil é a essência da nação. O responsável pela tradução do livro para o alemão, o professor Bertold Zilly, explica isso muito bem. Quando Euclides fala do jagunço ele está falando, de alguma forma, de todos os habitantes do interior, dos lugares mais recônditos e inóspitos. Euclides traz ao de cima, à “consciência nacional” a importância de se pensar naquela “terra ignota” (aliás, título de um livro excelente de Luiz Costa Lima , Terra Ignota. A Construção de "Os Sertões". Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 1997). Aliás, este o sumo do discurso que Silvio Romero fez para recepcionar Euclides da Cunha na Academia Brasileira de Letras: o ingresso nas letras e na consciência nacional da problemática do povo do interior brasileiro.

IHU On-Line – Onde reside o paradoxo de Euclides da Cunha em relação à questão da identidade nacional em Os Sertões?

Marçal de Menezes Paredes – O paradoxo de Euclides da Cunha reside justamente naquilo que ele consegue manifestar – através da utilização dos oximoros – apesar do que os pressupostos da ciência do século XIX permitiam ver. Ou seja, Euclides trabalha com a ambigüidade entre os conceitos do “sujeito” (da ciência, do ponto de vista abstrato) e as características de seu “objeto”. É fato que o brasileiro nunca se ajustou aos enquadramentos civilizacionais difundidos pela Europa. Mais evidente ainda é que sempre tivemos gerações de intelectuais e políticos tentando brincar de Dr. Jeckyl e Mr. Hyde, “saneando”, “civilizando”, “branqueando” a nação. Em suma, transformando o país num pseudo-laboratório sociológico, tentando mudar a cara do povão para que ela ficasse mais “nos conformes”, nos preceitos ditos corretos. Preceito difundidos por uma Ciência que se dizia “universal” mas que na verdade era profundamente “local” (uma espécie de regionalismo europeu), e, assim sendo, era severamente etnocêntrica. Euclides chega no limite dessa discussão: ele afirma que o sertanejo é “desgracioso, desengonçado e torto” mas também diz que ele representa a “rocha viva da nossa nacionalidade”. Daí a riqueza do oximoro “Hercules-Quasímodo”, que expõe esta tensão e não a “resolve”. E por quê? Por que ela deve ser solucionada, como se de uma equação se tratasse. Deve ser refletida. Pensada. E isso a leitura de Os Sertões propicia. Se pensarmos bem, quando Euclides fala que o sertanejo tem um misto de Herói Grego com o Corcunda de Notre-Dame ele está quase no ponto de reconhecer que não interessa esperar encontrar a Grécia Clássica (como faziam os parnasianos) quando se olha para o povo brasileiro; interessa, sim, reconhecer este povo, respeitá-lo e vinculá-lo a uma imagem positiva da nação. Embora este passo só será dado pelo elogio do Aleijadinho, feita pelo Modernismo (por Mário de Andrade, por exemplo) é importante deixar manifesto que Euclides da Cunha já aponta nesse sentido, embora de forma ainda tensional e ambígua.

IHU On-Line – Como aparecem na obra de Euclides da Cunha os conceitos de identidade, memória e tempo?

Marçal de Menezes Paredes – O conceito de identidade aparece de forma ambígua, como tentei demonstrar mencionando a importância dos oximoros, sobretudo o Hérculos-Quasímodo. Os conceitos de Memória e Tempo ficarão articulados e de alguma forma imbricam-se, embora sejam distintos. Como não podia deixar de ser, Euclides é um homem do seu tempo e é nesse sentido que se deve entender a famosa referência que ele faz sobre a “força motriz da história”. Esta idéia remete à uma percepção universalista, racionalista, teleológica e ontologizada do tempo histórico. Remete à tradição iluminista, à crença da época que dizia que a História tinha um “H” maiúsculo, tinha um rumo único, etapas de desenvolvimento bem estabelecidas e universais (as mesmas para todas as sociedades). Diz respeito, portanto, àquelas compreensões que o próprio Euclides tinha, antes viajar ao sertão, sobre a Guerra de Canudos. Dizia ele que Canudos era um movimento análogo à Revolta da Vendéia, movimento monárquico contrário à República proclamada na França em 1879. Euclides faz um paralelo entre os anti-republicanos franceses – les chuan – e os jagunços liderados pelo Conselheiro. Claro que esta aproximação é ilusória, mas ela revela a maneira como se pensava a República no Brasil e a própria História da Humanidade. Euclides acreditava que se a França teve que passar pela estágio de uma revolta anti-republicana também o Brasil teria de passar pela mesma experiência histórica. Esta idéia alimentou a construção ideológica do movimento de Canudos com sendo o principal obstáculo à evolução civilizacional brasileira, que na época era sinônimo de República. Passada a Guerra e depois de sua experiência no front de batalha, Euclides revê essa noção e faz, n’Os Sertões, um verdadeiro mea culpa republicano. O conceito de memória, por sua vez, se relaciona à produção da memória social deste conflito, onde Euclides tem papel importante, até porque seu livro se tornou uma referência obrigatória no assunto (embora não a única, nem naquele contexto).

IHU On-Line – Como Euclides da Cunha evidencia que as dualidades tradição/modernidade e objetividade/subjetividade não estão dissociadas na construção do discurso acerca da nacionalidade brasileira?

Marçal de Menezes Paredes – A relação entre tradição/modernidade e objetividade/subjetividade aparecem em dois planos: o individual e o coletivo. Ou seja, o do intelectual, do autor, e o do discurso sobre a Identidade Nacional. No primeiro, o individual, é fundamental perceber que Euclides muda seu posicionamento político em relação à Guerra de Canudos conforme ele vai se aproximando do local da Batalha, conforme ele vai conhecendo de perto o sertanejo e o sertão. Seu espanto pela força indômita do jagunço, pela beleza do sertão em época de chuvas, pela diferença radical entre aquelas paragens e o “centro” do país vai alterando gradualmente suas certezas tomadas de acordo com as teorias aprendidas desde os anos de formação militar. A subjetividade do homem Euclides, então, interfere profundamente na certeza do intelectual que era. Lá pelas tantas, no meio do caminho entre Salvador e Monte Santo, Euclides se ajoelha e reza junto com os sertanejos, num povoado simples, ao lado dos sertanejos, prenhes daquela religiosidade simples e sincrética que lhe é própria. E lembre-se que Euclides era um republicano fervoroso, militar positivista e, obviamente, anticlerical. Mas a proximidade, a influência da ambiência social que ele experimentou indo para profundo Brasil fazem-no relativizar isso. E é aí, na minha opinião que começa a aparecer a força dos oximoros que ele utiliza: Tróia de Taipa (Canudos), Hércules-Quasímodo (o sertanejo). No outro plano, o relativo à construção da identidade nacional, deve-se voltar ao oximoro novamente, mas para observar a tensão entre a Ciência e sua proclamada “objetividade”. Como já disse, Euclides desnuda os limites dessa “objetividade” universal, e, portanto, do próprio conteúdo emancipatório da ciência, Quando ele afirma que a “campanha de Canudos foi um crime. Denuncie-mo-lo”, como o faz na Nota Preliminar do livro, ele está apontando para um problema epistemológico sério que só depois da Segunda Guerra Mundial o Ocidente começou a encarar. Afinal, o genocídio de Canudos foi feita em nome do Progresso Nacional, contra “rebeldes monárquicos” inventados, onde os liderados pelo Conselheiro tiveram apenas o papel de bucha de canhão, pois foram “construídos” na mídia da época, como os inimigos do país. Euclides faz um mea culpa republicano em seu livro.

IHU On-Line – Como a proximidade com o sertão modificou a compreensão de Euclides da Cunha do sertanejo e da nacionalidade brasileira?

Marçal de Menezes Paredes – A proximidade foi o grande motivo da mudança de opinião de Euclides da Cunha. Depois de ver que aquele jagunço era forte, honrado, bom de briga e, sobretudo, um tipo brasileiro que estava muito adaptado à região, Euclides modifica sua opinião sobre ele. Passa de uma condenação sumária a um elogio (embora às vezes ambíguo). O sertão fez com que a certeza dele sofresse um processo de descentramento radical e é esse descentramento que cauciona a relativização daquela anterior condenação do jagunço. De inimigo público numero 1 ele passa a “rocha viva da nacionalidade”. Portanto, a viagem à Monte Santo foi importantíssima nesse processo.

IHU On-Line – Como entender a admiração de Euclides da Cunha pelo jagunço?

Marçal de Menezes Paredes – A admiração dele pelo jagunço se alimenta do fato de ele enxergar no sertanejo aquilo que mais faltava aos brasileiros urbanos, do centro do país: amor a terra, apego ao seu quinhão de origem, bravura na luta, harmonia social.

IHU On-Line – Pode explicar a forma como Euclides da Cunha focaliza a construção de discursos sobre a memória coletiva e qual é a sua relação com as identidades nacionais para recolocar a questão sobre quem é o brasileiro?

Marçal de Menezes Paredes – A questão as identidades nacionais é bastante complexa e mereceria maior espaço para um adequado desenvolvimento. Contudo, quero destacar uma coisa: mesmo sendo um verdadeiro obcecado pela forma literária – ele mexeu e alterou incessantemente no estilo de todas as reedições que o livro teve enquanto esteve vivo – Euclides teve muito respeito com os cadernos de notas dos jagunços, que os soldados do exército coletaram depois da queda de Canudos. Notas escritas com erros gramaticais e ortográficos grandes, mas Euclides os transcreve na íntegra, deixando manifesto com a grafia dos jagunços as profecias de Antonio Conselheiro. Acho que isso dá um bom exemplo da honestidade intelectual do autor de Os Sertões e, em ultima análise, mostra um respeito grande pela memória coletiva dos sertanejos. No limite isso lembra um pedaço do Manifesto Pau Brasil, publicado 26 anos depois por Oswald de Andrade : “A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos”. Falar de memória coletiva e identidade nacional, da definição sobre quem é o brasileiro pressupõe que aceitemos o artesanato lingüístico-popular que temos nas ruas, em cada esquina do Brasil. Euclides coleta isso lá no sertão. Depois dele, Guimarães Rosa reinventará isso e de maneira absolutamente brilhante.

IHU On-Line – Quais os principais dilemas que envolvem a formação histórica do Brasil e em que sentido Euclides da Cunha contribuiu para esse debate?

Marçal de Menezes Paredes – Em minha opinião, o principal dilema que temos, ainda hoje, para pensarmos a formação histórica da cultura brasileira diz respeito aos critérios a serem utilizados. Como pensar o Brasil como nossos critérios? Como olhar para nós mesmos despidos de preconceitos que fizeram parte da nossa própria formação? Este ainda é o nosso desafio e este também era o desafio de Euclides (e ele estava consciente disso, creio). Por isso, usa o oximoro, como tentei atrás explicar. Sua contribuição é, portanto, fundamental. Os Sertões é uma obra matricial para pensarmos a cultura brasileira porque ela inaugura a percepção desta tensão epistemológica e cultural ao mesmo tempo.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cantagalense lança livro infantil

       Fabiana Corrêa, professora do Colégio Euclides da Cunha, em Cantagalo, e participante ativa do movimento euclidiano da cidade, acaba de lançar um novo livro: "História de um Cambucazinho", pela editora Nitpress.

         O livro traz um história ambientada na Reserva Biológica dos Cambucás, localizada no município de Cantagalo. Segundo Fabiana, a ideia de ambientar a história do livro na Reserva serviu para chamar atenção do leitor para os problemas ambientais do local, tais como a redução da área da reserva, a extinção de espécies nativas, a ação predatória dos caçadores e o risco iminente da formação de desertos verdes naquela região.


          O Colégio Euclides da Cunha desenvolve, desde 2001, o Projeto Cambucás. Alguns dos alunos que participam do projeto são personagens dos livros e interagem com animais e árvores da região. A ideia inicial surgiu em 2008, mas sob o formato de teatro, e só a partir de 2010 foi retomada como livro infantil. 


         O processo de criação dos desenhos das personagens ficou a cargo de Arthur Consídera Abreu, que, sob a orientação de Fabiana Corrêa, organizou as ilustrações a partir das características e das cenas mais expressivas. 


        Além disso, a obra é acompanhada de um álbum de figurinhas (que são autocolantes e vêm encartadas no próprio livro). Para completar o álbum, a criança precisa ter atenção às características dos personagens apresentadas ao longo da história, além de permitir que tenham uma série de informações quanto ao nome científico e algumas particularidades das espécies em questão. Sendo assim, segundo a própria autora, a “História de um Cambucazinho” é um livro para divertir, mas também para instruir.


       No dia 30/06, o livro foi lançado no III Salão da Leitura de Niterói, às 17h, acompanhado de uma oficina de contação de histórias.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Oficina de Documentário

O Ponto de Cultura "Os Serões de Seu Euclides" tem a satisfação de convidar a todos para mais um evento no municipio de Cantagalo. Começa nesta sexta, 29, na Casa de Cultura Euclides da Cunha, a Oficina de Documentário que será ministrada pela jornalista Camila da Cunha.

A presente oficina tem como objetivo formar, com um método ágil e preciso, novos profissionais da área, tendo estes noções de roteiro, edição, direção entre outras atividades.

Esta atividade também é direcionada para os professores da região. A Oficina ajudará os mesmos nas produções de oficinas pedagógicas nas escolas e nas discussões, em especial aos profissionais de língua portuguesa, dos gêneros textuais nas aulas de Língua Portuguesa.

Os encontros ocorrerão na sexta, 29-06, das 19 às 21h, e no sábado, 30-06, das 09 às 16h. Este é mais uma iniciativa do Projeto de Extensão Interinstitucional "100 Anos Sem Euclides", que tem como propósito fomentar a cultura no município de Cantagalo. Contamos com a sua presença.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

II Prêmio Euclidiano de Pequenas Narrativas enche Casa de Euclides da Cunha com famílias

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“Retalhos”. Foi assim que começou a entrega do II Prêmio Euclidiano de Pequenas Narrativas, com a exibição do curta dirigido pelo gestor cultural do Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides, Rick Azevedo da Cunha, e produzido e editado por Deivid Canto, da Replay Vídeo Produtora. O curta tem como objetivo mostrar os acontecimentos comuns de nossas vidas, que se tornam histórias marcantes e merecem ser transmitidas a todos.  As histórias contadas no curta são as narrativas premiadas no 1º Prêmio Euclidiano de Pequenas Narrativas, realizado pelo Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides, no ano de 2011.
No seu segundo ano, o Prêmio Euclidiano recebeu mais de 100 inscrições de alunos das redes publica e particular de ensino do Município de Cantagalo, sendo selecionadas dez narrativas de cada categoria. No evento realizado na última sexta-feira, dia 15 de junho de 2012, todos os finalistas receberam certificado de participação. Foram premiadas treze escritores, de diferentes idades, que compuseram narrativas com o tema “Minha família tem história”.  Cada história retratou um pouco das histórias das mais diversas famílias cantagalenses, curiosidades e até aventuras.

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Na categoria 6º e 7º ano, foram premiadas Raissa Neves (E. M. Maria Bellieni D’Olival), em 3º lugar, com a narrativa “Meus pares de brinco”; Lavínia Soton (E. M. Maria Bellieni D’Olival), em 2º lugar, com a narrativa “Minha família brilha”; e João Marcello P. Sant’Anna (Colégio Euclides da Cunha), em 1º lugar, com a narrativa “Minha família tem história”.
Na categoria 8º e 9º ano, foram premiados Henrique Gouvea (Colégio Euclides da Cunha), em 3º lugar, com a narrativa “Polônia”; Caroline dos Anjos (Colégio Estadual Lameira de Andrade), em 2º lugar, com a narrativa “Tardes cantadas”; e Victória Ferreira (E. M. Dacyr José Ribeiro), em 1º lugar, com a narrativa “Seguindo em frente”.
No Ensino Médio, devido à alta qualidade das narrativas, tivemos duas premiações de 1º lugar. São elas: “História de uma família batalhadora”, de Matheus Lucas, e “Copa de 1950”, de Marina Corrêa (ambos do Colégio Euclides da Cunha). O 2º e o 3º lugar ficaram com as narrativas “Meu grande tesouro”, de Ianca Cipriano (Colégio Estadual Lameira de Andrade), e “Uma lição de vida”, de Eduarda Moraes (Colégio Estadual Lameira de Andrade), respectivamente.
Na nova categoria Comunidade, tivemos também três premiações: 1º lugar para Gabriel Corrêa, com “Foi voo doido”; 2º lugar para Air Consendey, com “Minha família tem história”; e 3º lugar para Igor Ferreira, com “Amor até o fim”. Destaque seja dado ao 2º lugar, de Air Consendy, uma escritora tardia, que só após seus 80 anos publicou suas obras.
O concurso II Prêmio Euclidiano de Pequenas Narrativas tem como objetivo incentivar o gosto pela leitura e pela escrita, assim como fomentar o surgimento de novos e jovens autores e, ainda, incentivar a comunidade em geral a dedicar-se ao registro de suas manifestações culturais.
O DVD "Retalhos" está sendo vendido no Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides.

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